1- Como começaste a jogar o eRepublik ?
Se bem me lembro, comecei a jogar depois de ter tropeçado algures num anúncio qualquer sobre o eRepublik quando jogava outro jogo online. Já não me recordo ao certo onde, já foi há quatro anos. Experimentei, achei alguma piada ao jogo - na altura bem mais divertido que agora - e fui ficando até hoje.
2- Fala nos um pouco sobre ti.
Como já disse noutras ocasições, no geral, ingame não sou muito diferente do que sou na vida real. Sou apaixonado por aquilo que faço, entrego-me - às vezes demais - aos projectos em que participo e defendo as minhas convicções com unhas e dentes. Até ao ponto em que percebo que estou errado e, aí, há que mudar de estratégia. Teimoso q.b., aproveito de alguma forma o facto de isto ser apenas um jogo para deixar o meu lado temperamental vir mais ao de cima, funcionando um pouco como escape da vida real. Aliás, essa é uma das vantagens que o jogo tem: permitir-nos ir mais além em algumas coisas que não somos ou não não devemos ser na Vida Real. Mas, numa espécie de balanço, sou uma pessoa que defende aquilo em que acredita, que é amiga do seu amigo. Sei que não sou um tipo consensual, mas também não estou minimamente preocupado com isso.
3- Qual a sua opinião sobre as eleições a CP passadas ?
No meu entender correram dentro do esperado tendo em conta que o desinteresse pela política nacional é cada vez maior e mais acentuada. Tínhamos um jogador com potencial, mas que insiste em rodear-se dos jogadores errados, tínhamos outro que procurava limpar a imagem de scammer, mas que era apoiado por um conjunto de jogadores cuja grande diversão é estragar o jogo dos outros. Depois tínhamos outro candidato que mal se conhece, nem sequer se viu a fazer campanha ou sequer a responder às críticas que foi feita à sua candidatura. E dois outsiders que serviram mais para encher os cinco lugares disponíveis para as candidaturas que outra coisa.
Perante tudo isto, e tendo em conta que este mês ninguém quis assumir o papel de salvador nacional, as eleições foram o que se esperava. Decidida voto a voto na recontagem e onde, face aos resultados finais preliminares, quem teve menos clones a votar por si ganhou.
Resta saber até que ponto os apoiantes da candidatura derrotada são capazes de aguentar a desilusão - para já parece que não e parece-me que vamos ter um mês muito atribulado em termos de lançamento de leis e afins - e até que ponto o Alvaro Cunhal será capaz de aguentar o barco, sem perder muitos membros e, sobretudo, até que ponto será capaz de aguentar a pressão natural inerente ao cargo.
4- Que acha da LETO / Asteria ?
São duas alianças fundadas nos pressupostos errados. Juntaram-se países em função do dano possível e da melhor coordenação possível em termos de fusos horários, mas onde o sentido de verdadeira aliança é algo que não se faz sentir assim tanto. Há países que não têm qualquer relação com outros aliados, ou ela é miníma. O que faz com que muitos soldados tenham pouca apetência para darem o seu dano a troco de nada nas campanhas do dia a dia. Aquilo que poderiam ser bons pressupostos para uma aliança ter muita força - países com muito dano e em fusos horários que se complementam - acaba por ser minado pela falta de laços de amizade. Isto pode ser trabalhado? Claro que sim. Mas leva tempo. Tempo que, de momento, tenho dúvidas que exista e permita fortalecer as duas alianças.
5- Um conselho para os novatos
Recordo aquilo que já te disse antes, noutras entrevistas: muita paciência. Paciência para aturar o spam dos partidos, unidades militares, grupos de amigos, etc. Paciência para evoluir a conta, maximizando os treinos e minimizando as lutas. Claro que nem sempre a treino a tempo inteiro sem mais nada, nem sempre a lutar como se não houvesse amanhã. Mas privilegiem o treino em detrimento da luta, pelo menos nas duas divisões iniciais. Tenham em conta que este é um investimento a longo prazo, mas que, mais tarde, valerá a pena.